terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais um pouco da mulher de 30

O txt do Mario Prata descreve, com maestria, a mulher de 30. Estou nesta fase. Muitas amigas estão. E sinceramente, Prata não mentiu muito.

Entretanto, ele poderia ter dito também que aos 30 quem não tem TPM, terá. A independência assusta uma sociedade (ainda) machista e disfarçada de moderna. O sonho da pessoa ideal ainda persiste, mesmo q o cara certo tenha barriguinha e seja levemente calvo. O choro no travesseiro está por perto, ele existe não como fraqueza, mas só é demonstrado a quem merece realmente, fora isso, fica no travesseiro. Nossa fortaleza é diretamente proporcional a nossa sensibilidade. O sexto sentido fica apurado de um tanto que chega a assustar. Perseguimos temas complexos, adoramos ser chamadas de inteligentes (a grande maioria é), mas também adoramos algumas futilidades, só que não as publicamos, claro. Temos paixão por carros, gostamos de motores, mas o espelho tem que funcionar quando precisamos retocar a maquiagem e o carro precisa ter a nossa personalidade, aliás, isso marca uma mulher de 30, ela quer que tudo tenha a sua 'cara', o seu jeito, a sua visão .. tarefa complicada, mas buscada no dia-a-dia e quando algo não dá certo é pq não tinha a nossa 'cara', simplesmente por isso. Não vamos à caça de um provedor para os nossos filhos, porém os homens são analisados se serão bons ou maus pais, o que não significa que serão escolhidos como pais de nossos filhos. Infelizmente, há escolhas erradas mesmo com tanto observação, mas para isso existe a segunda chance. Bem, os homens estão sempre sob análise, isso é fato. Ficamos mais exigentes. Na verdade mudamos os critérios. Beleza não põe a mesa, mas não comemos no chão. O que fica na mesa é o respeito por quem somos, a forma como comanda a sua própria vida e mais ainda o que pensa dela. Também fica na mesa a lealdade mais que a fidelidade, onde a cumplicidade e o companheirismo são a toalha. Não estamos dispostas a encarar gangorras emocionais, apaixonadas até tentamos (não custa tentar), contudo só vale uma tentativa, o resto, ele precisa fazer (se coçar, se nos quiser, obviamente). Temos medo de envelhecer. Se pensa muito na velhice quando se chega aos 30. No combate à barriguinha mencionada por Prata não nos matamos nas academias, nossas atividades são alternativas, queremos, quando possível, malhar corpo e mente, quando não dá, ficamos só com a mente. Destilados nos embriagam saborosamente. Estudamos, estudamos e estudamos, mas tem hora que a vontade de chutar o balde bate à porta e a crise chega e então gritamos: "pq vcs foram rasgar o sutiã?" . Sentimos saudade dos 20 e não queremos chegar aos 40. Precisamos pintar o cabelo, mas a agenda é tão cheia que a pintura está sempre em segundo plano, nesta idade, nos preocupamos sim é com a pele, os sinais dos 30. A vida começa a ter sentido, começamos a ter uma leve ideia do que viemos fazer no mundo, o duro acontece quando descobrimos e notamos que não há outra saída a não ser encarar .. e encaramos .. mulher de 30 não foge, ela respira fundo e segue ... mas pode demorar uns minutos a mais neste 'respirar fundo'.

Amigas que viajam sozinhas, respiram fundo, erram os caminhos, mas conseguem chegar, ao seu modo, ao fim proposto!






Sds!

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