sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Nada de brindes

Quanto mais vivo mais fico besta com umas coisas.

Hoje li um e-mail do meu ex-marido em que ele me ofendia só pq enviei um e-mail coletivo dizendo que o sofrimento q sofri, causado por ele, me fez uma mulher melhor. Algo q já disse a ele e não é nada novo, mas parece que ele se ofendeu. Isso pq o e-mail enviado por mim era para divulgar algo bom, imagine se fosse algo ruim?! Infelizmente, há pessoas que não mudam nunca, talvez não tenham sofrido o bastante, mas eu sofri o bastante para ser alguém melhor e agradeço a ele por isso. Ele deveria se orgulhar por tal feito, mas não, parece q lembrá-lo da dor que me causou o fere, ainda não sei pq, mas enfim, obrigada pela mulher q sou.

Falando de homens, recentemente, bem recentemente, um homem me disse q na próxima viagem à minha cidade me traria um brinde. Respondi - "ah sim, o pen drive que vc m prometeu, ok" e ele respondeu - "sim, o pen drive. Tenho outros brindes, mas vc só quer o pen drive, fazer o q ?"

Pois é, mocinho, só quero o pen drive sabe pq?! não sou mulher de brindes. O ex-marido citado acima me fez ter a certeza que mereço algo além de brindes e esmolas emocionais. Não me satisfaço nem com souvenirs, imagine com brindes. Vc é um belo exemplar da espécie masculina, mas já nem isso me atrai tanto. O q um homem pensa da vida e, acima de tudo, como leva a sua vida é o q me atrai ... prefiro flores roubadas no jardim a ramalhetes de rosas compradas na floricultura chique da cidade .. o tempo me mostrou q o esforço das flores roubadas valem bem mais q as rosas pagas.

Sds!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Outro encontro

Ando com sorte em conviver com o amor viu?!

O encontro com a família adotiva do Emanuel foi um pouco depois da minha visita à casa do meu anjinho.

Pois é, nem sei de onde tirei coragem, mas precisava visitá-los e lá fui eu acompanhada de uma amiguinha, já postada por aqui.

O que encontrei lá?! Dor sim, mas muito muito muito amor e uma saudade boa para ser sentida, uma saudade de quem muito amou e este amor valeu a pena.

Estar na casa do meu companheirinho, olhar seu quarto, suas coisas, sua vida foi mais uma lição que ele me proporcionou.

O amor presente naquele lar era diretamente proporcional a simplicidade que encontrei. Passaria dias ali, conversando, rindo, chorando, mas sendo completamente feliz.

Minha mãe, no retorno, definiu para mim o momento que passei: "filha foi algo tão perfeito que não há palavras para expressá-los não é". Sim, mãe, não há. Só sei que a senhora sempre me disse que o amor, o verdadeiro sabe, ele tem o poder ... sim! Ele tudo pode, tudo crê, tudo suporta, tudo cura.

Sds!

Onde nasce o amor?

Presenciei duas histórias que seguiam paralelas até que um dia ...

Primeira história: um pequeno com 8 meses e corpinho de recém-nascido seria rifado para adoção. Sua anemia falciforme, um leve distúrbio mental e um coração frágil transformaram este garotinho em um estorvo para o pai. Com o tempo e a pressão, a mãe não suportou e o menino foi mesmo 'dado' pela família. Se os pais estavam certos ou errados?! O tempo dirá. Não escrevo sobre uma história de julgamento, mas de resgate.

Segunda história: uma mulher madura, radialista, casada com dois filhos adolescentes, um marido presente e planos, muitos planos em mente. Entre esses planos estava ser voluntária na AACC. No primeiro dia, tudo bem .. mas no segundo ..

Uma única história: no segundo, ela se encontrou com esse menininho e foi o SENHOR encontro. Forte o suficiente para adotá-lo.

Acompanhei a história ora de perto, ora calada. Visitava o pequeno com regularidade e quando soube que sua vida estava em xeque pensei em adotá-lo, fui até incentivada por alguns, MAS senti que ele não era meu, não era o meu momento de ser mãe, mas de outra pessoa. Por bem, ando obedecendo meu instinto.

E o momento chegou e uma nova família foi reconstruída. Após a doação, encontrei pai, mãe e filho no elevador. Fiquei quietinha no canto observando o amor que um tinha pelo outro. Foi emocionante!

Porém, mal sabia eu que mais emocionante ainda seria o nosso segundo encontro e ele aconteceu!

O amor não curou as enfermidades do nosso pequenino, agora com um ano (e ainda corpinho de recém-nascido), mas curou seu coração. Ele sorri de uma forma que nunca o vi em outras épocas. Olha para sua mãe com uma admiração absurda e tem uma devoção comovente pelo pai. Tive a honra de poder estar perto desta família e eles transbordavam amor. O amor nasceu no coração deles e isso transformou a vida de cada um ali.

Voltei para a casa, naquele dia, com o coração em júbilo. É magnífico sentir o amor tão perto de nós.

Mas, sabe, a mãe me contou que convive com tanto preconceito, tantas pessoas dizendo que eles jamais deveriam ter adotado uma criança doente, pessoas até da família e ela não entendia o pq, contudo, procurava compreendê-los, afinal um dia ela já pensou assim, como qualquer um de nós pensaria (verdade absoluta!), até que seu caminho cruzou com o do pequeno Emanuel.

Quem dera em nosso caminho alguns 'emanuéis' aparecessem para nos mudar o rumo e trazer vida nova. O pior é que eles aparecem, mas nem sempre damos conta disso!

Sds!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Estatística

Mais uma jovem de 15 anos engravidou.

Desta vez a menina está próxima, trabalha ao lado.

A notícia me assustou. Como ainda há meninas que não sabem usar corretamente um contraceptivo e engravidam sem pensar?

Olho para ela e vejo uma menina, perdida com a gravidez, sem entender exatamente o que lhe está acontecendo, meio apavorada no fundo e ao mesmo tempo com uma vontade enorme de ser mulher.

Culpa dela? Falta de juízo? Isso é o de menos agora. Olhar para frente é o que se deve fazer e tentar acertar, mas como ela fará isso se veio de uma família desestruturada que não lhe dará o suporte necessário?! É preocupante.

Sds!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um mês

Há um mês o meu companheirinho de cinema se foi.

A dor vira saudade, mas ainda dói. Muito!

Sei que está em um lugar zilhões de vezes melhor, mas mesmo assim, sou egoísta, e digo, dói ... você era uma benção por aqui e seu espírito delicado nos faz falta. Tenho pensado que não sou a única egoísta te querendo por cá, Deus também é sabia?! Quer todo mundo que é bom ao lado Dele, isso é sacanagem ...

Amigo para filosofar

Já comentei por aqui sobre minha paixão por meus amigos. Como sou completamente apaixonada por eles! Tenho um amigo para cada situação e tem um que me acompanha em meus devaneios filosóficos.

O motivo deste post é agradecer a este amigo. Ser amiga dele é difícil, pq ele é extremamente seletivo e com razão, pq se há um jornalista inteligente e sensível ao mesmo tempo é este menino. E tímido também. Antissocial diria! Mas ele pode se dar ao direito de ser antissocial, por tudo que ele é e ainda será.

Filosofar ao seu lado foi e sempre será uma delícia e sinto saudades disso!

Sinto falta da sua cara de espantado diante das asneiras que eu falava, vez e sempre; saudades do meu nome em diminutivo saindo da sua voz; saudades dos conselhos que (tentávamos) dar à nossa menina; saudades do seu pessimismo em choque com o meu otimismo; saudades do nosso trio ... quarteto ... o ar daquela sala faz falta.

Não sei se já lhe agradeci por sua amizade. Creio que não, pq me lembro que não conseguimos nos despedir direito, afinal meio que fugimos né?! Obrigada sr. Quando sinto saudades daquela época vejo a galáxia.

Sds!

Meus e seus motivos

Ultimamente tenho ouvido algumas pessoas (ou várias pessoas) dizerem que deixaram de fazer isso ou aquilo pq tinham seus motivos. Inclusive eu era uma dessas pessoas. Todos temos nossos motivos para deixarmos de fazer determinada coisa diante de certa situação. Todos!

Mas sabe, também ultimamente, descobri q há momentos na vida (muitos por sinal!) onde os nossos motivos são nada diante dos motivos do outro. Quando me dei conta disso, quando precisei passar pelos meus motivos para chegar ao outro vi que na vida, na grande maioria das vezes, nós não fazemos o que gostaríamos ou sonhávamos, mas o que é necessário naquele determinado instante e isso é um grande teste para a nossa capacidade de adaptação à realidade, pq de fato, a realidade nunca é como desejávamos ... e sabe que não ser igual não é tão ruim?! não é o que gostaríamos, mas é o que precisávamos, isso é certo.

E aí, diante disso, enxergamos que os nossos motivos, também muitas vezes, são reflexos do nosso egoísmo, de feridas não curadas, não são tão grandes assim ou simplesmente são frescura.

Sds!

Os três mal-amados

Um amigo queridíssimo sempre me falou deste texto. Agora o reproduzo aqui:

Os Três Mal-Amados, de João Cabral de Melo Neto.
“O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto, mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.”

Amigo, é muito bom saber q vc me lê vez em qdo. Vc fez parte de um período riquíssimo em minha vida e nem imagina o qto foram válidas as manhãs lhe acompanhando com um café e um cigarro na porta da sala.

Sds!