domingo, 19 de dezembro de 2010

O choro

Esses dias caminhando na praça em frente de casa me deparei com uma menininha chorando, agarrada à sua bicicleta. Em pouco tempo de conversa descobri que estava perdida da amiguinha e isso a deixou em pânico.

Ela não queria saber da mãe, que aliás, estava perdida em algum canto da enorme praça ... queria a amiga, a amiga que prometeu andar ao seu lado de bicicleta. Como a amiga sumiu, ela ficou ali, parada, chorando, esperando seu retorno. Como uma palavra dada tem peso, principalmente, para uma criança. Nada fez aquela criança parar de chorar.

Me impressionou o valor que aquela menininha dava para sua amiga, para o compromisso que travaram e também para o desdém das pessoas que caminhavam pela praça. Sem a menor cerimônia, desviando da garotinha e seguiam seu roteiro já traçado.

Qtas vezes sofremos desvios de percurso nesta vida? Pq não parar simplesmente para perguntar 'o que aconteceu?' Tem horas que o ser humano me surpreende para mais ou para menos. Neste caso, dos caminhantes, para menos.

Já a menininha, para mais. Quando enxergamos sua amiga à solta pela praça, foi tocante ver o reencontro das duas ... o choro cessou .. e as bicicletas lado a lado rodaram pelos contornos da praça.

E meu percurso?! Perdi meia hora de caminhada, mas ganhei um abraço que fez todo o exercício que estava precisando.

Sds!

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