quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ilhotas

Campo Grande está mudando demais e sinto que meu cérebro pode pifar com isso.

Fui criada com um orgulho danado em dizer que Campo Grande é a capital das avenidas largas e arborizadas. Mas pressinto que em breve meu discurso será modificado.

Durante 25 minutos custei para andar 400 metros na cidade.

Não foi a população que cresceu absurdamente. Há 10 anos oscilamos entre 750 e 800 mil habitantes. Foi a frota de veículos que deu um salto digno de Daiane dos Santos (ainda antes do doping). Temos uma das maiores médias nacionais de carro/habitante, com isso, 400 metros em 25 minutos parece ser algo mais habitual do que imagino.

A estranheza maior está em uma imagem que vi dia desses. Os canteiros centrais da principal avenida estão sendo reduzidos em alguns trechos para dar fluxo ao trânsito. Daqui a pouco estaremos como BH e sua também Afonso Pena. Ou seja, meu discurso ufanista desce rio Prosa rumo ao Segredo.

Mas o mais estranho é que enquanto isso acontece, um projeto da prefeitura cuida e revitaliza nossas árvores centenárias para que durem mais tempo. Porém, do jeito que a coisa anda, nossas centenárias tornar-se-ão ilhotas em plena Afonso Pena repleta de carros flex e CO2.

Filosofo: "Nada pode ser feito então? Vamos ter que esperar o rodízio de carros chegar, a Afonso Pensa tornar-se rua e deixar de ser avenida, as centenárias serem colocadas em um cercadinho..."

Sds!

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