sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Os três mosqueteiros




Esses dias me deparei com Athos, Porthos e Aramis pelo caminho. Eles não saiam do romance francês de Alexandre Dumas, mas sim do quarto de um hospital público.

Athos é um menino de 12 anos. Alma pura e carrega um segredo: o medo da morte. Seus olhos apesar de ligeiros, guardam a leve sombra do futuro. Há 10 anos convivendo com o câncer e apesar de gozar de uma saúde milagrosa, vez em qdo, paira sobre seus olhos um vazio e o olhar perde-se não sabemos onde. Apesar disso, sua alma pura não tira dele um sorriso arrebatador.

Porthos já está na faculdade. Sua força não é mais tanta, seus cabelos se foram, mas ele é o fiel companheiro de sua mãe, q sofre pela doença do filho, e de Athos no quarto do hospital. Qdo lhe perguntam do q sente mais falta, vaidoso como Porthos que é, ele responde - "das mulheres".

E o pequeno Aramis. 16anos, há 15 convive com a leucemia. Aramis é provido de uma invejável sabedoria e uma constante contradição. Ora menino ao brigar para ganhar uma partida no videogame ora um velho sábio ao dizer que só deseja viver bem o tempo que lhe resta (msm sabendo que o tpo não é algo tão fácil assim de ser contado).

Esbarrei com esses 3 mosqueteiros pelo caminho e vi que ali o lema - "um por todos e todos por um" era colocado, perfeitamente, em prática. O sorriso de um era sorriso de todos e assim eles faziam também com as lágrimas.

Filosofei: "Se 3 jovens entre 12 e 18 anos conseguem fazer isso com tanta maestria, pq os adultos não conseguem?"

Sds!

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